PUBLICADO DIA 13/04/2023
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento do indivíduo. Embora as características do autismo variem de pessoa para pessoa, é comum que pessoas autistas apresentem dificuldades em áreas como a comunicação verbal e não-verbal, a socialização e o desenvolvimento de habilidades motoras finas.
O sucesso do tratamento e intervenção do autismo depende muito do diagnóstico precoce. Geralmente são os pais ou cuidadores que detectam os primeiros sinais em crianças pequenas. Por exemplo, um pai pode notar a falta de contato visual de seu bebê.
No entanto, o diagnóstico pode ser difícil, pois os sintomas do autismo podem ser confundidos com outros problemas de desenvolvimento. É importante que os pais ou cuidadores estejam atentos a quaisquer retardos de desenvolvimento e conversem com um profissional de saúde se tiverem dúvidas.
Embora o autismo não tenha cura, o tratamento pode ajudar as pessoas autistas a desenvolver habilidades sociais e de comunicação, além de melhorar a qualidade de vida. O tratamento inclui terapia comportamental, terapia ocupacional e fonoaudiologia.
A conscientização sobre o autismo é fundamental para a inclusão e aceitação de pessoas autistas na sociedade. É importante lembrar que o autismo não é questão de escolha ou uma deficiência, ou doença, as diferenças apresentadas pelas pessoas com autismo, devem ser respeitadas, aceitas e valorizadas.
Existem causas específicas para o autismo?
A causa exata do autismo ainda é desconhecida. No entanto, acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais que originaram para o desenvolvimento do transtorno.
Pesquisas demonstraram que alterações genéticas específicas podem aumentar a probabilidade de um indivíduo desenvolver autismo. Por exemplo, certas discrepâncias genéticas podem influenciar no desenvolvimento e o funcionamento do cérebro, levando ao aparecimento do autismo.
Além disso, fatores ambientais podem desempenhar um papel na condição. Durante a gravidez, a exposição a poluentes pode aumentar o risco de autismo de uma criança.
No entanto, é importante lembrar que o autismo não é causado por fatores como vacinas ou má-criação. A comunidade científica rejeitou essas alegações. Embora a causa exata do autismo ainda seja desconhecida, é importante continuar pesquisando e estudando acerca desse transtorno para entender e melhorar o tratamento do mesmo.
Quais as características mais marcantes do autismo?
As características do autismo podem variar de pessoa para pessoa, mas algumas das características mais marcantes incluem:
1. Dificuldades de comunicação: Pessoas com autismo podem ter dificuldades em se comunicar verbalmente e não verbalmente. Eles podem ter atrasos ou não se expressar por meio da fala. Alguns indivíduos com autismo podem repetir palavras ou frases (ecolalia) ou ter dificuldades em entender o que os outros estão dizendo.
2. Dificuldades de interação social: Pessoas com autismo podem ter dificuldades em interagir socialmente com outras pessoas. Podem apresentar dificuldades em fazer contato visual, em entender e usar gestos sociais, em iniciar ou manter uma conversa e entender as emoções dos outros.
3. Comportamentos repetitivos: Pessoas com autismo podem ter comportamentos repetitivos, como bater as mãos, balançar o corpo ou alinhar objetos. Eles podem ter rotinas rígidas e resistir a mudanças em suas rotinas ou ambiente.
4. Interesses restritos: Pessoas com autismo podem ter interesses restritos e intensos em tópicos específicos, como trens, mapas ou matemática. Eles podem ter dificuldades em se envolver em atividades que não estejam relacionadas aos seus interesses específicos.
5. Sensibilidade sensorial: Pessoas com autismo podem ter sensibilidades sensoriais incomuns, como sensibilidade a ruídos, luzes ou texturas de alimentos, sendo para eles, causa de desconforto ou estresse.
É importante lembrar que as características do autismo podem variar de pessoa para pessoa e que cada indivíduo com autismo é único. Além disso, muitos indivíduos com autismo também possuem habilidades e talentos únicos.
O tratamento para o autismo pode ajudar as pessoas com o transtorno a desenvolver habilidades sociais e de comunicação, além de melhorar a qualidade de vida. O tratamento pode incluir uma combinação de terapias comportamentais, terapia ocupacional, fonoaudiologia e educação especial.
Como é o tratamento para o autismo?
1. Terapia comportamental: A terapia comportamental é frequentemente usada para ajudar as pessoas com autismo a desenvolver habilidades sociais, de comunicação e comportamentais. Além disso, a terapia comportamental pode ser associada a terapia comportamental aplicada (ABA), terapia cognitivo-comportamental (TCC) e terapia de integração sensorial.
2. Terapia ocupacional: A terapia ocupacional pode ajudar as pessoas com autismo a desenvolver habilidades motoras finas, como escrever e amarrar os sapatos. A terapia ocupacional também pode ajudar a desenvolver habilidades de vida diária, como cozinhar e se vestir.
3. Fonoaudiologia: A fonoaudiologia pode ajudar as pessoas com autismo a desenvolver habilidades de comunicação verbal e não verbal. Bem como, a fonoaudiologia pode incluir terapia de fala, treinamento de habilidades sociais e terapia de linguagem.
4. Educação especial: A educação especial pode ajudar as crianças com autismo a desenvolver habilidades acadêmicas e sociais. Além de poder incluir aulas de reforço, terapia ocupacional e fonoaudiologia.
5. Medicamentos: Alguns medicamentos podem ser prescritos para controlar sintomas associados ao autismo, como hiperatividade, ansiedade e depressão.
O tratamento para o autismo é frequentemente personalizado para atender às necessidades individuais com o transtorno. É importante trabalhar com um profissional de saúde para desenvolver um plano de tratamento adequado para você ou para seu familiar com autismo.
Em abril celebramos o mês de conscientização do autismo. A campanha do Abril Azul, ressalta a necessidade de inclusão na sociedade da população autista, preza por uma comunidade com menos preconceito e com mais empatia. Evidenciando que quanto mais informações tivermos sobre o assunto, mais fácil e benéfico será para todos. O São Lucas Hospital apoia essa campanha e trabalha em prol de um mundo mais justo e inclusivo.
Fonte: Vittude e Hospital Santa Mônica.